As pessoas que sofrem de fobia social sentem muito medo de se expor a situações humilhantes ou embaraçosas e, conseqüentemente, serem desaprovadas ou rejeitadas pelas outras pessoas. As situações mais comumente temidas são: falar em público, comer na frente de outras pessoas, assinar cheques em público, entrar em locais lotados, urinar em banheiro público e falar com desconhecidos, especialmente quando estes representam figuras de autoridade (policial, chefe).
É comum que a pessoa com fobia social experimente sintomas corporais de ansiedade, como suor frio, tremores, palpitações, rubor facial, urgência de urinar, tremor da fala entre outros. Alguns acabam limitando seriamente suas vidas, pois deixam de escolher profissões que gostariam de exercer por não saber lidar com a a exposição inerente ás mesmas (ex: professor, modelo, advogado) ou , o que é ainda mais grave, evitam atividades sociais, deixando de fazer novos amigos, de encontrar os antigos e até de estabelecer relacionamentos amorosos, casar e constituir uma família. Há casos de fóbicos sociais que largaram a faculdade apenas para não serem obrigados a apresentar um trabalho de grupo!
Estima-se que a fobia social atinja até 14% da população, mas poucos decidem buscar tratamento, o que fez com que, por muito tempo, a taxa de fobia social permanecesse subestimada.
O tratamento para a fobia social envolve medicamentos e, algumas vezes, treinamento de habilidades sociais e terapia – a terapia com enfoque cognitivo-comportamental costuma ter ótimos resultados.
Foto: Depositphotos Michele Piacquadio
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Juliana Garbayo
Graduada em Medicina na Universidade Federal Fluminense (UFF). Cursou Residência Médica em Psiquiatria na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ-IPUB)